terça-feira, 5 de abril de 2016

Vinagrete tradicional




    
    Sabe-se que água e óleo não se misturam, mas uma técnica francesa passou por cima da teoria química e fez com que vinagre e azeite se misturassem perfeitamente, mas como?
    O grande segredo para que essas moléculas, que comumente não se misturam, se unam é a utilização de um emulsificante. Exatamente por esse motivo a vinagrete tradicional é composta por vinagre, azeite, mostarda de Dijon, pimenta e sal, como uma referência da cidade onde surgiu o molho e, portanto, a utilização da mostarda.  Bem diferente do nosso tradicional vinagrete de churrasco que lava pimentão, tomate e cebola.

    Dos emulsificantes mais comuns, citamos mostardas, gorduras como ovo ou leite. Eles trarão estabilidade para as moléculas não se separarem. 

quinta-feira, 31 de março de 2016

Desde o "Salarium"

     O ingrediente transita entre nós faz tempo. É o tempero mais utilizado no mundo, além de realçador de sabor é  também utilizado como conservante. Já foi moeda de troca e pagamento, motivo de guerra e único mineral consumido in natura, exatamente como é extraído.
     O excesso de sal pode causar problemas sérios de saúde como hipertensão e problemas renais, porém sua ausência na alimentação também podem gerar distúrbios já que o sal auxilia na atividade muscular e no controle de fluídos corporais e neurais. Sua ingestão deve ser moderada para que não provoque nenhum dano à saúde.
     Bom, agora que sabemos que o sal é necessário para nosso metabolismo, vamos entender sobre seus tipo. São 2, sal-gema que provêm de rochas, encontrado em depósitos subterrâneos com seus grãos intactos; e o nosso mais famoso sal-marinho que é obtido através da evaporação da água do mar, mais saboroso, ele contém uma infinidade de outros minerais necessários ao organismo.
     O refino é o processo de purificação onde se retira as impurezas do sal .
     De acordo com a legislação brasileira, todo sal que passa por processo de refino receberá uma quantidade de iodo. Dessa maneira, assegurasse que a população não tenha deficiência na ingestão do elemento químico que além da manutenção da tireoide, pode afetar o desenvolvimento mental.



O sal grosso não passa pelo processo de refino, é matéria bruta de salmoura cristalizada.
O sal light tem uma variação em comparação ao sal refinado tradicional. Ele possui 50% menos de sódio. Sua constituição é basicamente 50% cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio (mineral não indicado para quem têm problemas renais).
O mais antigo e puro dos sais marinhos, o sal rosa do Himalaia provem de uma região  que há milhões de anos foi banhada pelo oceano. Rico em minerais, possuem metade do sódio encontrado nos sais marinhos tradicionais.
O sal negro indiano é derivado de rochas vulcânicas e tem um sabor semelhante a gema de ovo e traz textura ao prato. Por esse motivo têm sido muito usado na culinária vegetariana. 
Já o sal negro do Havaí, que também é proveniente de rochas vulcânicas e tem grande quantidade de carvão em sua composição.
Outro sal produzido no Havaí é o sal vermelho, coloração derivada da argila e que atribui ao sal uma grande quantidade de dióxido de ferro.
A flor de sal ou sal Guérande são pequenos cristais retirados da parte mais superficial das salinas e as melhores produções vêm da Brethana, França, e são artesanais deve ser usado em finalizações de pratos pra conferir textura e ressaltando o sabor.
Também é possível utilizar o processo de defumação para o mineral, o sal defumado tradicional produzidos na França, utilizam barris de carvalho utilizados no processo de envelhecimento dos vinhos, mas também pode ser produzido através de qualquer processo de defumação à seco e é excelente para temperar comidas em geral.
O sal Kosher possui cristais irregulares e grossos, tem uma ótima aderência na superfície das carnes e  também é utilizado como sal de cura. Ele pode ser extraído do mar ou de minas.
As trufas, fungo frutífero e considerado uma iguaria, também pode temperar o mineral e criar o sal trufado.
O Gersal (gergelim torrado com sal em proporções iguais) e o sal temperado (ervas secas e sal processados em medidas iguais) são saborosos e ideal para quem não pode ingerir muito sal. 

O Chef Estrela




A estrela dos chefs de cozinha, nascido em Paris no ano de 1783, Carême começou sua saga como auxiliar de cozinha em troca de um local para dormir e refeição. Logo se tornou aprendiz do famoso pâtissier Sylvain Baily.

Sua fama veio primeiro por esculpir arranjos de matérias comestíveis como açúcar e logo se espalhou, o que proporcionou ao Carême trabalhar junto a alta sociedade parisiense, incluindo Napoleão.



Ainda na França, um de seus maiores desafios culinários foi elaborar um menu para o ano inteiro sem repetir pratos e utilizando produtos da estação. Depois foi pra Londres como chef de cozinha para o Príncipe Regente George IV, em São Petersburgo trabalho para o banqueiro James Mayer Rothschild. Carême elaborou o estilo Haute cuisine ou alta gastronomia francesa e modificou os gostos culinários de toda uma classe.


Além de sua contribuição prática para gastronomia, Carême deixou uma vasta obra teórica, entre elas L’Art de la Cuisine Française em 5 volumes, que, alé de receitas, contém planejamento de cardápios, histórias e organização de cozinha.

Precursor da modernidade



     Expoente no desenvolvimento da Cozinha Francesa Moderna. Focado em simplificar e modernizar os preparos e decorações, Auguste Escoffier criou e registrou receitas e elevou cozinheiro ao status de profissão, organizou cozinhas em sistema de brigadas além de modificar o sistema de serviço praticado até então.
     


     Aos 13 anos começou sua jornada na cozinha no restaurante de seu tio, em 1865 foi para  o Le Petit Moulin Rouge em Paris e depois se tornou cozinheiro do exército na Guerra Franco-Prussiana. A sua experiência nas forças armadas o levou a estudar sobre técnicas de enlatar alimentos. Em 1878, abriu seu próprio restaurante, Le Faisan d’Or em Cannes. Já em 1884, Escoffier mudou-se com a família para Monte Carlo onde assumiu a cozinha do Grand Hotel.

     No Hotel Nacional, responsável pela cozinha durante o verão, conheceu César Ritz e 1890 transferiram-se para Savoy Hotel em Londres, a partir daí fundaram diversos hotéis, entre eles Grand Hotel em Roma e a rede de hotéis Ritz que se espalhou pelo mundo. Ao inaugurar o Carlton, em Londres, Escoffier introduziu o menu à la carte.

     Dentre os pratos com sua assinatura estão Pêche Melba  e Tournedor Rossini. Publicou sua primeira obra em 1903, contendo 5000 receitas, Le Guide Culinaire, de grande importância para culinária francesa até os tempos atuais. 

Ultima edição